quinta-feira, 30 de julho de 2009

... Nobre Melodia ...


Estava eu andando entre mortos
Perdido num campo de rosas negras
Ferido por alguns espinhos,
derramava meu sangue
Sentia meu espírito me
deixar alguns instantes
Sentei-me então perto à maior lápide
Ouvi sussurros do vento
Quebravam aquele silêncio
Harmoniavam aquele momento
E naquela nobre melodia
Confuso, eu me perdia
Negras sombras já estavam a me envolver
E meu coração, eu nem sentia mais bater
E num momento repentino
Já era finito meu desatino
Meu coração já voltava a doer
E as sombras começavam a desaparecer
Com o tempo, já não ouvia mais o vento
Dentro de mim, gritavam meus lamentos
E novamente..
Estava eu andando entre mortos
Perdido num campo de rosas negras

7 comentários:

Raphael disse...

Cada um escreve o que pensa. Isso é o que realmente importa, independente do que os outros achem.

Parabens.

Anônimo disse...

Belíssimo poema. Convido-a a participar do projeto Nova COletânea em que vamos editar o livro "Livre Pensar Literário". Tenho certeza de que vai gostar. Se tiver interesse, meu e-mail é brunoteenager@gmail.com.

Grande abraço
http://www.novacoletanea.blogspot.com

ROdrigo disse...

Acho muito bem escritas as suas palavras, já é a 2º vez que venho te comentar mas sinto falta de um pouco de alegria aqui mas respeito a forma como vc ve as coisas

Robson Sales disse...

Assustador. Eu tenho um pouco de medo de lápides, andar entre os mortos e cemitérios, mas foi um bom poema.

Balelador disse...

Um bom poema!...ótima maneira de se expressar!=)

Marcus Alencar disse...

De certo modo, posso dizer que entendo um pouco desses sentimentos por já tê-los mesmo que temporiariamente em mim quando me encontrava em uma fase mais obscura da minha vida, muito importante para o meu autoconhecimento. Respeito muito seus sentimentos e espero que volte a encontrar uma saida nesse nobre silêncio que descreve em sua melodia. Falo isso pois em dado momento sinto que encontrou uma.
Parabéns pela qualidade

Anônimo disse...

gostei do poema vou ate escrever para os meus amigos verem.
quem fez esse poema deve estar se sentindo sozinha ou sozinho feito eu estou. beijos de Fernanda.